Rubens Silva

Contos, Crônica e Poesias - Histórias de amor!

Meu Diário
15/10/2010 08h15
Minha Entrevista ao Blog "A Mão"

1. Você é um homem vivido, que nasceu no sul do país e que conhece muitos lugares dele e consequentemente muitas pessoas. É essa trajetória de vida que te inspira a escrever?

Acredito que sim. Inúmeras vezes me vi envolvido com a escrita. Profissionalmente e casualmente. Sempre gostei muito de ler. As palavras, escritas ou não sempre me fascinaram. Com quinze anos criei um jornalzinho para o grêmio literário Casemiro de Abreu do Ginásio Hugo Taylor onde fui interno por quatro anos. Falava e convocava os alunos para reuniões ou para qualquer atividade no serviço de alto-falantes. Pois fui o presidente dessa agremiação literária da escola. Escrevi algumas poesias que se perderam, pois não as guardei. Depois, profissionalmente sempre me envolvi com a informação escrevendo o Boletim interno dos quartéis onde trabalhei. Nos clubes e agremiações militares por onde passei sempre me encarregavam da informação, dos boletins, dos informativos. Essas atividades me davam muito prazer.

2. Quando você percebeu que gostava de escrever e quando realmente deu inicio a esse seu lado literário?

Quando cheguei à cidade onde moro. Não havia nenhum jornal para informar nada. O único periódico que chegava aqui era o Jornal A Tarde, mas sempre com quase uma semana de atraso. Procurava por jornais da região para me informar sobre as coisas da cidade que escolhi para morar e não encontrava nada. Indignado com a situação e com a falta de informação local resolvi criar um jornal. Surgiu então o “Jornal Opinião” e comecei a publicar textos que eu mesmo fazia. Reportagens dos acontecimentos da cidade. Da região. Enfim minhas crônicas passaram a ser lidas pela população nos meus jornais, recebia elogios pelo que eu escrevia e fui tomando gosto pela literatura. Também trabalhei com o radiojornalismo numa rádio local. Fazia um programa que durava um minuto Chamado “Minuto ecológico” onde eu escrevia uma crônica de uma lauda mais ou menos sobre ecologia. Também redigia e apresentava um Radiojornal diário das 11h às 12h chamado “Repórter Santana”. Isso me obrigava a estudar a ler cada vez mais e comecei então publicando meus textos no jornal. Finalmente, na internet, descobri um site chamado “Recanto da Letras” e reuni os poemas, as crônicas e os contos que escrevia publicando-os nesse site. Naturalmente apareceram propostas para a publicação de um livro que finalmente depois de muitos anos consegui publicar. Estou muito feliz e realizado com isso.

3. Você tem um conto publicado em outro livro e agora está lançando esse que é só seu. Tem vontade de escrever romances ou outro estilo de literatura?

Sim. É um dos meus sonhos, ser reconhecido como escritor. Não me atrevi ainda a escrever romances. Gosto muito do gênero contos, crônicas e me atrevo a escrever alguns versos. Mas, isso é coisa que vai se consolidando ao longo da vida da gente. Eu publiquei o texto “Uma questão de fé” onde falo sobre as benzeduras da minha mãe. O texto foi aprovado pela Editora De Leon de Londrina-PR que publicou uma antologia de contos de ficção “Algumas Ficções” juntamente com outros 37 autores de diversas localidades do país. E agora finalmente foi publicado meu primeiro livro de contos. Reminiscências, 144 páginas. Estou feliz por isso.

4.
Você pensa em ajudar as pessoas com o que você escreve ou não tem essa intenção?
Sempre foi minha intenção ajudar as pessoas que estão por perto, principalmente meus filhos, netos, minha família. Mas também gosto de fazer com que meus textos tragam alguma mensagem boa, algum ensinamento de elevação moral de crescimento espiritual enfim. Escrevo mais por que gosto de escrever. Se esse meu trabalho um dia render algum dinheiro, tomara que renda, quero sim ajudar todos que precisarem de mim sem dúvida.
 
5.
A vida de um escritor muitas vezes é feita de mergulho no intelecto, levando à ausências muitas vezes dos eventos sociais, tua família te apoia na tua escolha em ser também escritor?
Sim, sem dúvida. Tenho o maior apoio da família, enfim. Mas minha maneira de escrever é natural. Espontânea. Não necessito mergulhar em rituais estranhos não. As vezes começo um texto com entusiasmo e logo em seguida dá um branco. Fico embasbacado na frente do computador. Salvo o inicio do texto numa pasta de rascunho e vou fazer outras coisas. Depois volto a reler o texto novamente, encontro a solução e vou escrevendo, é assim. O conto, a crônica ou qualquer texto que me proponho a escrever é como uma pedra preciosa, precisa ser lapidado, polido, revisado, reescrito até ficar do agrado. Costumo dizer que se o texto não me der um “nó na goela”, de emoção não é um bom texto. Exagero!

6.
Antes de escrever você tem algum ritual especial?
Não, acho que não. A única exigência é que tenho que estar em silêncio ou com uma música clássica de fundo bem baixinha. Tenho que estar inspirado é claro, se não, não sai nada que preste.

7.
Esse seu primeiro livro será exposto na Alemanha. Como aconteceu isso?
Não, na verdade eu estou participando de um projeto de divulgação de escritores brasileiros denominado “Intercâmbio Internacional Pontes Culturais” promovido pela Escritora Izabelle Valadares, do Rio de Janeiro em que será publicado um livro com alguns textos de alguns escritores brasileiros em Frankfourt Alemanha. Será uma divulgação dos escritores brasileiros numa feira internacional na Alemanha.

8.
Quais são seus próximos planos para escrever?
Muitos, quero voltar a fazer radiojornalismo aqui em Santana. Quero publicar outro livro, desta vez um livro de crônicas e outro de poesias. E, quem sabe um romance, estamos com idéias, vamos ver o que acontece daqui para frente.

9.
Você tem 4 filhos. Imagina que ao menos um deles tenha algum talento para escrever e se aventurar no mundo da escrita?
Todos os meus filhos são inteligentes. Mas isso é decisão deles, têm talento, escrevem muito bem. Espero ainda ler alguns livros publicados por alguns deles.

10.
O que você gosta de ler? Qual o seu estilo de literatura preferido?
Leio tudo que cai na minha mão. Bula de remédio. Faixa de políticos. Propagandas de jornais e revistas. Acho que se não for assim não se aprende a escrever. Todos os textos são importantes. Mas, os estilos que mais me atraem são os contos, crônicas e poesias. Quando abro um jornal ou revista os primeiros textos que procuro são editorias e crônicas.

Publicado por Rubens Silva em 15/10/2010 às 08h15

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